Descrição enviada pela equipe de projeto. O Posto de Turismo do Alto Tâmega, inaugurado em Setembro de 2020, é o resultado de um concurso público de concessão lançado pela Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIMAT) para um Posto de Turismo que representasse os seis municípios que o compõem (Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar).
Implantado no Jardim do Tabolado, em Chaves, o edifício com aproximadamente 100m2, de planta circular, construído numa base estrutural totalmente em pilares e vigas de madeira assentes em laje de betão e revestido com ripado de madeira, procura relacionar-se com o espaço envolvente naturalizado, afirmando no seu conceito a imagem que esta região pretende divulgar.
A simplicidade do programa reflete-se na forma do edifício, procurando clareza de funções e uma leitura clara dos conteúdos a divulgar. Desenha-se uma forma circular como consequência natural, dando resposta a questões práticas como a fluidez de percursos, ou a criação de um edifício com destaque na paisagem urbana mas enquadrado e relacionado com o jardim. O espaço é organizado num eixo de transições que começa com o espaço exterior coberto na entrada do edifício, o primeiro momento de encontro e assimilação do programa. Na sequência, acedemos ao interior totalmente aberto e capaz de receber uma quantidade razoável de visitantes em simultâneo.
As áreas técnicas e sanitários estão dissimulados na espessura das paredes. A viagem termina na relação visual com o cenário do espelho de água simbólico que evoca o rio Tâmega que identifica esta região e também o facto de estarmos numa das regiões termais mais importantes de Portugal.
As opções técnicas e construtivas pretendem responder a exigentes princípios de sustentabilidade e durabilidade. A orientação da sala principal, posição e sombreamento dos vãos, caixilharia com vidro duplo, os painéis fotovoltaicos, a cobertura em zinco, o reaproveitamento das águas, utilização de isolamento térmico com espessuras elevadas e principalmente o uso da madeira como elemento estrutural e como revestimento, são aspetos que tornam este edifício referência em termos de sustentabilidade.
A opção pela utilização exaustiva e transversal do elemento madeira revela-se essencial na criação de um edifício cujo objetivo é apresentar e simbolizar uma região em que a natureza é o património principal.